7 de maio de 2009

Pendragon.

" - As palavras da jovem Pendragon penetraram na carne dele como facas extremamente afiadas recém banhadas em alcool.
Com certeza, se seu sangue circulasse ele estaria fervendo até derreter sua pele.
Ele virou-se na direção dela com uma expressão de ódio tão tenebrosa como a dela, cuspiu na face da moça e retrucou "Você não passa de um pedaço de carne morta abandonado." Então ele saiu do carro, puxou o maço de cigarros do bolso com violencia e acendeu outro cigarro.
A noite estava fria, o vento batia na sua pele e na sua alma como o dedo imundo que toca o ferimento aberto. Foi andando pela rua, vendo o carro de Penélope se afastar e estacionar umas esquinas a frente. Ele sentiu algo molhar seu rosto. Não sabia o que era, havia se esquecido dessa sensação. Levou o dedo indicador até sua face e tocou o líquido que escorria ali, olhou para suas mãos e viu pingos de sangue. Cerrou os olhos e respirou profundamente, o ar entrou cortando suas vias nazais por causa do frio. Soltou o ar. Secou os olhos, depois secou as mãos na calça jeans que ele vestia, sem deixar grandes marcas. Prosseguiu até a boate. - "


Tou escrevendo esse conto, que eu dedico a mim mesma e quem joga RPG comigo, especialmente as GLSD.
Primeira vez que posto algo pessoal aqui. Sem dor hoje, sem sentimentos, sem músicas, apenas a minha felicidade, e ao mesmo tempo nostalgia dos tempos que eu escrevia mais.

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