13 de outubro de 2009

Amadeus (1984)


Amadeus é sobre frustrações. A frustração de não ser tudo aquilo que se deseja. A frustração de saber que há alguém infinitamente melhor do que você justamente naquilo que mais se ama. A frustração de ver seu legado sendo esquecido enquanto a velhice se aproxima.

A história gira, curiosamente, não em torno do personagem-título (Mozart), mas sim em torno de seu antagonista, o rancoroso compositor Antonio Salieri, e sobre como o talento de Mozart gerou uma inveja cega e perigosa por parte deste. Deixarei de lado a questão sobre a veracidade ou não do que é narrado. Se Salieri foi ou não um dos principais causadores da decadência e morte de Mozart, isso não interessa. A relação que se estabelece entre os dois músicos é o mais importante aspecto do filme. Da parte de Mozart, uma confiança ingênua, somado a um certo desdém pela obra de Salieri, a quem julga um músico menor. Da parte de Salieri um sentimento ambíguo, de respeito e desprezo.

Destaco a cena em que Mozart aparece pela primeira vez, uma cena bem humorada, porém que revela sobre a personalidade do personagem e o início da raiva de Salieri por um menino obceno como Amadeus ter um talento nato tão invejavel por qualquer compositor. Mozart com certeza não é meu compositor favorito, mas de todos que eu conheço ele é da natureza mais genial. Com um talento nato. Ao contrário de Salieri que se esforçava para fazer sua música, mas nao tinha bons resultados.

De todos os filmes que eu assisto, eu tento tirar algo que me sirva, e óbviamente, deste filme genial tirei muito proveito próprio. Como, pensando como Salieri as pessoas dão importancia demasiada a alguém que nao tem, não estou dizendo que Amadeus não é importante, pelo contrário. Mas notem como Salieri planeja fazer seu requiem fúnebre com tanto afinco, sendo que, ninguém se importou quando Mozart morreu, tanto que ele foi jogado em uma vala comum. A importancia das pessoas está nos olhos de cada um.

Meu lado cinéfilo aí, este é um filme que eu recomendo, eu estava com um pouco de má vontade para assisti-lo, mas agradeço por ter vencido a preguiça e tê-lo assistido.

2 comentários:

  1. cara, eu AMO esse filme. *_*
    ele tem interpretações fenomenais! e o ator que faz papel de Mozart deixa sua marca registradíssima: a risada, é impossível esquecê-la. Ví esse filme há anos, porém lembro dela nitidamente.
    ótimo post e crítica, amorzinha. por esse tipo de filme vale despir o manto da preguiça. :*

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  2. e só pra constar: JACK = VALLS.
    tô em outro login. :x

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